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04/06/2014

Papel dos bancos públicos e condições de trabalho estarão no centro dos debates dos Congressos Nacionais do BB e da

Entre esta sexta-feira 6 e o domingo 8, representantes dos funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal estarão em debate, organizando a luta para a Campanha Nacional 2014 que se aproxima.

Tratam-se do 25º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil e do 30º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef). Ambos a serem realizados no Hotel Holiday Inn, no Parque Anhembi, em São Paulo.

 Com 358 delegados, o 25º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil terá como eixo das discussões o combate ao assédio moral, a busca por melhores condições de trabalho, pela redução dos afastamentos médicos, principalmente nas unidades de negócios, acarretados por problemas psíquicos e emocionais, bem como a definição de estratégias contra a irresponsabilidade do banco na venda de produtos financeiros.

"Hoje, o bancário do BB enfrenta condições de trabalho totalmente adversas, devido às metas abusivas, ao assédio moral e àsobrecarga de trabalho acarretada pela falta de funcionários. É uma situação que está levando a um alto ín­dice de adoecimento, devendo portanto ser prontamente combatida", afirma Irinaldo Barros, dirigente da FETEC-CUT/SP.

O dirigente lembra que o 25º Congresso ocorre numa conjuntura de Copa do Mundo seguida de eleições gerais no segundo semestre. "É um perí­odo de muitos embates políticos. Por isso a importância de os trabalhadores manterem a unidade de maneira a garantir vitória na Campanha Nacional que se aproxima", sintetiza Irinaldo.

Com o mote "30 anos de unidade e mobilização, muitas conquistas e novos desafios", o 30º Conecef reunirá 465 delegados, entre empregados da ativa e aposentados, além dos observadores, tendo como missão traçar um plano para fazer a Caixa avançar nas condições de trabalho e no cumprimento do seu papel social.

"Embora a Caixa seja o único banco que está contratando, o número de trabalhadores hoje na instituição é semelhante ao registrado em 2002. A diferença é que naquela época havia uma política de desmonte, que se valia de mão de obra terceirizada e da exploração de estagiários. É certo que revertemos essas irregularidades, atingindo mais de 100 mil empregados protegidos pela CCT (Convenção Coletiva de Trabalho). No entanto, há um porém", avisa Dionísio Siqueira, diretor de Bancos Federais da FETEC-CUT/SP e representante dos empregados na CEE/Caixa.

Conforme o dirigente, no último perí­odo, a rede de atendimento cresceu consideravelmente ao mesmo tempo em que houve expansão dos serviços prestados, decorrentes das políticas do governo federal. "Esse fortalecimento da atuação da Caixa em todo o país não veio acompanhado de evolução no quadro de pessoal e, além disso, os trabalhadores se veem diante de exigências cada vez maiores para dar conta dessa nova demanda. Na ponta do lápis, hoje, o número de bancários por agência é menor do que nos anos anteriores, e ainda há um acúmulo de obrigações sob a responsabilidade de um único empregado".

Assim, o 30º Conecef terá no seu temário debates sobre saúde do trabalhador/condições de trabalho, condições de funcionamento das unidades, Saúde Caixa, Funcef, aposentados, segurança bancária, jornada, Sipon, isonomia, carreira, terceirização e contratação.

"São questões específicas dentro de um contexto nacional, as quais exigem do movimento sindical uma atuação conjunta voltada para o fortalecimento das lutas da categoria e da classe trabalhadora", finaliza Siqueira.

Fonte: FETEC-CUT/SP

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