10/12/2013
Trava de remoção é reduzida no Banco do Brasil
Após a mobilização dos trabalhadores na Campanha 2013, o Banco do Brasil reduziu a trava de remoção de 24 para 18 meses. O mecanismo possibilita que os funcionários possam pedir transferência para outras cidades, setores ou outra agência sem que necessitem abrir mão de seu comissionamento enquanto aguardam o resultado de sua solicitação.
"Dois anos era muito tempo, e isso prejudicava muitos funcionários que queriam pedir remoção", diz o bancário Mario Gushiken. Ele conta que já trabalhou com colegas que por causa do mecanismo não conseguiram transferência para outras cidades para ficar mais perto da família. "A redução do tempo de 24 para 18 meses foi um benefício", avalia.
Outro avanço importante é em relação à manutenção do salário para quem pede transferência. Até 2012, o bancário que pedisse remoção como escriturário para outro local tinha de pedir para ser descomissionado, abrindo mão de cerca de 60% de sua remuneração total, e aguardar a abertura de vaga com o salário reduzido. Agora, o funcionário mantém seu cargo e suas verbas salariais até o momento da transferência.
CABB " Outra conquista na trava de remoção, na campanha de 2011, beneficiou os atendentes da CABB (Central de Atendimento do Banco do Brasil) que têm de aguardar apenas um ano de trava para poderem pleitear ascensão profissional em outros setores.
Para o diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi os avanços na questão só foram possíveis graças à mobilização dos funcionários. "Sem isso, o mecanismo manteria os 24 meses de trava na remoção. Mas vamos continuar lutando por melhorias", afirma.
Denuncie - De acordo com denúncias, problemas ainda cercam muitos funcionários que solicitam mudança. Mesmo bancários que já ultrapassaram os 18 meses exigidos ainda não conseguiram a retirada. "Estou "destravado" desde junho, mas ainda não consegui remoção para minha cidade natal", relata um bancário.
Segundo Ernesto, quando há agências ou departamentos com excesso de escriturários no estado de São Paulo, o BB paralisa o sistema e até a convocação de concursados, mesmo havendo outras unidades com vagas em aberto. "O banco só autoriza as remoções ou convocações quando os funcionários em excesso são transferidos para as vagas existentes. Essa medida foi tomada unilateralmente pelo banco", afirma o dirigente. "Problemas como esses devem ser relatados ao Sindicato, para que possamos reivindicar soluções."
Fonte: Seeb SP
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