Bancários se preparam para greve nacional

Para esta quarta-feira 18, estão previstas novas assembleias para organizar a greve da categoria que será deflagrada na quinta-feira 19. O movimento será por tempo indeterminado e contará com participação de bancários de bancos privados e públicos, conforme decisão de assembleias realizadas em todo o país, na última quinta-feira 12.

A decisão é em resposta à falta de propostas dos bancos às reivindicações dos trabalhadores. Em quatro rodadas de negociação, a Fenaban negou os pleitos de saúde, segurança, por melhores condições de trabalho, pelo fim das demissões e por mais contratações. A proposta apresentada pelos banqueiros prevê reajuste de 6,1% para salários e verbas, sem contemplar aumento real e avanços na PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

A intransigência também se repetiu nas negociações específicas da Caixa Federal e Banco do Brasil, nas quais a maioria das reivindicações também foi negada.

"A categoria bancária enfrenta uma série de problemas que precisam ser solucionados. Por isso vamos à greve para pressionar por apresentação de propostas que sejam capazes de acolher nossas reivindicações"�, afirma Luiz César de Freitas, o Alemão, presidente da FETEC-CUT/SP, ao antecipar que a Campanha 2013 tem como objetivo aumento real, PLR maior e valorização do piso e tà­quetes refeição e alimentação, além de soluções para questões de saúde e condições de trabalho.

O dirigente também adverte sobre as estratégias dos bancos para enfraquecer o movimento legítimo dos trabalhadores. "Todos os anos, os banqueiros plantam informações distorcidas para confundir os bancários. Além disso, se valem dos contingenciamentos e do assédio para pressionar os bancários a furarem a greve. Por isso a importância de os trabalhadores participarem das assembleias e das atividades organizadas pelos sindicatos, como forma de acompanhar o que realmente acontece e fortalecer o movimento"�, sugere o presidente da FETEC-CUT/SP.

Fonte: FETEC-CUT/SP