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23/02/2011

Crise árabe ameaça economia global

 

Uma crise política prolongada no norte da àfrica e a manutenção do preço do petróleo acima de US$ 100 podem jogar a economia global mais uma vez em uma recessão. O alerta foi feito ontem pelo diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Nobuo Tanaka, que deixou claro que a turbulência pode afetar a recuperação da economia mundial.

 

Os confrontos na Là­bia, o primeiro produtor importante de petróleo a ter sua produção afetada pela revolução social que está se alastrando pelo norte da àfrica e pelo Oriente Médio, e o discurso Desafiador do ditador Muamar Kadafi pressionaram o preço do petróleo, derrubaram as bolsas e jogaram para cima a cotação do dólar no Brasil.

 O preço do petróleo retomou o patamar de 2008 e teve alta de 0,68% e fechou ontem em US$ 106,46 (tipo Brent, em Londres). No mercado de Nova York, a alta foi maior ainda de 9,22%, e o preço do barril fechou em US$ 94,15.

A Bovespa caiu 1,22%, a Bolsa de Nova York, 1,44% e a de Milão, 1,06%. A Itália é um dos países mais expostos à crise na Là­bia.

No Brasil, também pressionado pela turbulência nos países do norte da àfrica, o dólar teve alta de 0,30% e fechou o dia cotado a R$ 1,672. No mercado global, houve corrida por ativos tradicionais, como o ouro e o franco suà­ço. A prata atingiu seu maior nà­vel em 34 anos.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) tentou garantir ao mercado que a produção dos demais países seria aumentada para compensar os problemas na Là­bia. Já a AIE disse que colocaria à disposição suas reservas estratégicas, em caso de necessidade.

Estagflação. O executivo-chefe da Pacific Investment Management Co. (Pimco), Mohamed el-Erian, afirmou em artigo publicado pelo Financial Times que "devemos nos preparar para um choque no Oriente Médio". Segundo ele, a turbulência política no Oriente Médio e no norte da àfrica deverá ter um "efeito sistêmico" na economia global, provocando um "vento estagflacionário" no curto prazo - uma combinação de estagnação econômica com alta dos preços.

Para El-Erian, o desempenho relativamente fraco do dólar durante esse perí­odo de crise é "uma advertência" de que a moeda americana poderá perder seu status de refúgio seguro. Isso indica que as pessoas estão começando a se preocupar com a situação fiscal dos EUA, disse.

"Tomo isso como advertência de que não podemos partir da premissa de que manteremos a posição de principal moeda de reserva, como no passado", disse El-Erian. Ele também afirmou que a alta dos preços do petróleo, que deve se prolongar por um longo tempo, está reduzindo o poder de compra, enquanto os riscos geopolíticos devem ter ter impacto nos investimentos.

Fonte: Jamil Chade - O Estado de S. Paulo - por Assessoria de Imprensa 23/02/2011

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