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08/02/2011

Marcos Maia uma História de Conquistas

Após ser declarado novo presidente da Câmara, o deputado fez um discurso em que agradeceu e fez elogios ao líder do PMDB na Casa, deputado Henrique Eduardo Alves(RN). No próximo biênio (2013-2015), o PT tem um acordo para apoiar Alves. "O senhor representa um pouco de cada um de nós. Não é fácil chegar a 11 mandatos. São 44 anos de vida parlamentar", afirmou.

 

Em seguida, Maia agradeceu seus adversários Chico Alencar, Jair Bolsonaro e Sandro Mabel. "Todo mundo sabe a dedicação do deputado Sandro Mabel. Faz um debate de alto nà­vel nesta Casa", disse. "Foi difícil disputar contigo essas duas últimas semanas", completou Maia, referindo-se a Mabel, que teve 106 votos.

 

A eleição de Maia encerra um dia sem grandes surpresas para a presidenta Dilma Rousseff. Seguindo o roteiro, o novo Senado empossado na manhã desta terça-feira reconduziu o peemedebista José Sarney (AP) ao cargo de presidente da Casa por mais um biênio. Ao comemorar o resultado, Sarney enterrou a crise dos atos secretos que atingiu seu último mandato no posto e disse que o Senado "vive novos tempos".

Histórico

Nascido em 27 de dezembro de 1965 em Canoas, Maia elegeu-se dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos local em 1984. "O movimento sindical de Canoas naquela década, e em certa medida hoje também, estava para Rio Grande do Sul como São Bernardo está para Brasil", filosofa Maria Eunice.

Quando o sindicato foi fundado, em 1960, Canoas era um importante pólo industrial e comercial. Produzia-se desde máquinas agrícolas a equipamentos da chamada linha branca. A entidade passou por maus momentos a partir da instalação do regime militar, em 1964, até o final da década de 70.

Com as restrições impostas pela ditadura, as vacas dos movimentos sociais afinaram. Quando Maia entrou em cena, na primeira metade da década de 80, o país vivia a abertura gradual do regime. Ele integrou a geração seguinte à que suplantara o sindicalismo considerado assistencialista, sem expressão e combatividade junto ao empresariado.

"Era um momento de negociações duras, de buscar respeito e reconhecimento patronal", afirma o deputado estadual Nelsinho Metalúrgico (PT-RS). "Foi logo após explodir o movimento sindical em São Bernardo, com o Lula. Isso nos ajudou a construir a pauta de reivindicações".

Para o gaúcho, filiar-se ao PT, em 1985, seria o passo natural. "Maia era um jovem bem articulado, comprometido com as causas sociais e com vontade de vencer", recorda o senador Paulo Paim (PT-RS), que ajudou a lançar a candidatura do petista em 1988. "Como ele era muito jovem, fui na casa dele pedir autorização para o seu pai. Disse que não ia se arrepender".

Em 1988 Com os anos de chumbo saltitando no retrovisor e um movimento sindical em marcha Brasil afora, o jovem Partido dos Trabalhadores escalara um jovem torneiro mecânico para disputar a prefeitura de Canoas, no Rio Grande do Sul.

Após uma campanha de poucos recursos, o metalúrgico e hoje presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, então com 28 anos, foi derrotado por Hugo Simões Lagranha, de 70 anos " o terceiro de cinco mandatos de Lagranha, sendo dois como prefeito biônico da própria Canoas.

"Foi (uma candidatura) bem simbólica. O Marco ficou em segundo lugar com 21% dos votos numa época em que o PT nem tinha sede, era alugada. Andava no Fusca emprestado de um militante, no Chevette dele ou no meu Volkswagen", lembra a Secretária Municipal de Estratégia e Inovação de Canoas, Maria Eunice Wolf.

Na época, Maria Eunice coordenou a campanha do petista. "Os panfletos foram rodados em mimeógrafo. Fazà­amos festinhas de São João para arrecadar fundos para o material de campanha. O Marco gostava de fazer campanha, botava o pé no barro", afirma.

Embora a paixão por campanhas permaneça, não é necessariamente em barro que Maia - eleito para o terceiro mandato de deputado federal - anda pisando nos últimos meses. Mirando a eleição pela presidência da Câmara, ele atravessou o país em janeiro para pedir apoio de parlamentares.

Com apoio de 21 entre 22 partidos " incluindo o PR, de seu único rival, o deputado Sandro Mabel (GO) ", sua eleição é dada como certa. Se confirmada, o gaúcho será o primeiro torneiro mecânico - profissão que exerceu nas fábricas de Canoas - a ocupar o terceiro posto na hierarquia da República

Homem de confiança de Lula

Maia disputou outras duas eleições para a prefeitura de Canoas, em 2000 e 2004. Foi derrotado em ambas. Em 2001, assumiu a Secretaria de Administração e Recursos Humanos do governo do Rio Grande do Sul e, em 2003, presidiu a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A. (Trensurb).

Chegou ao Congresso em 2005, como primeiro suplente do deputado Ary Vanazzi (PT-RS), que renunciou para assumir a prefeitura de São Leopoldo (RS).Desde então, teve uma ascendência relâmpago na Câmara. Após se reeleger em 2006, ganhou projeção ao ser indicado relator da CPI do Apagão Aéreo.

Homem de confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conquistou espaço dentro do PT por ser ligado à corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB). Trata-se do mesmo grupo do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio, Palocci e do dirigente petista José Dirceu. Ligação que também ajudou na escolha para ser candidato a Presidente da Câmara.

Acreditava-se que o grupo estivesse ao lado do líder do governo , deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). No entanto, um racha promovido pela bancada de Minas Gerais ajudou Maia a conquistar a vaga de candidato.

Maia chegou à eleição com o apoio de Dilma e do governo como um todo. Com 55 anos, o deputado do Rio Grande do Sul conseguiu se sobrepor no fim do ano passado ao então favorito do Palácio do Planalto para a vaga, o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP).

Maia aproveitou-se da situação por fazer parte da corrente interna majoritária do PT Construindo Um Novo Brasil (CNB), a mesma do ministro Antonio Palocci (Casa Civil) e do dirigente petista José Dirceu. Na reta final, ele ganhou o apoio do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), integrante da corrente Movimento PT que tentava voltar ao comando da Câmara.

Eleito, Maia deve começar agora a providenciar em breve sua mudança para a residência oficial da Câmara, uma casa com mais de 700 m² de área construída, fica localizada em um dos melhores endereços de Brasíl­ia, mas nunca passou por uma reforma estrutural.

Mesa Diretora

A deputada Rose de Freitas (PMDB-ES) será a primeira mulher a assumir um cargo de destaque na Mesa. Com 450 votos (59 brancos), ela é agora a 1º vice-presidente da Câmara.

O deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) foi eleito 2º vice-presidente, com 288 votos. A deputada Rebecca Garcia (PP-AM), que concorreu como candidata avulsa, obteve 211 votos. Houve dez votos em branco.

O 1º secretário é o deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), eleito com 474 votos (35 em branco).

O deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP) foi conduzido à 2ª Secretaria, com 455 votos (54 em branco). Para a 3ª Secretaria, Inocêncio Oliveira (PR-PE) foi eleito com 421 votos (88 em branco). Na 4ª Secretaria, Júlio Delgado (PSB-MG) assume o posto com 451 votos (58 em branco).

Os deputados eleitos para as quatro suplências foram: Geraldo Resende (PMDB-MS), com 432 votos; Manato (PDT-ES), com 420 votos; Carlos Eduardo Cadoca (PSC-PE), com 418 votos; e Sérgio Moraes (PTB-RS), que foi escolhido por 395 deputados.

Assessoria de Comunicação- 08/02/11 Fonte - Agência Câmara

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