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12/09/2012

Metalúrgicos da GM conseguem aumento real e abono

Metalúrgicos também serão beneficiados com abono de R$ 3.250, o que representa R$ 24,37 milhões na economia local

Metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos aprovaram ontem em assembleias a proposta de 8,24% de reajuste salarial mais R$ 3.250 de abono oferecidos pela montadora. Somente o abono irá injetar R$ 24,37 milhões na economia da cidade em outubro.

O reajuste representa 5,39% de reposição da inflação mais 2,7% de aumento real. O sindicato reivindicava aumento de 12%, sendo 7% de aumento real.
Os trabalhadores já haviam recusado uma outra oferta da montadora de 2% de aumento real mais inflação e abono de R$ 2.500.
O secretário-geral do sindicato, Luiz Carlos Prates, o 'Mancha', comemorou a aprovação e disse que as empresas da cadeia produtiva têm condições de conceder reajustes similares.
"O acordo foi um avanço, conseguimos um aumento maior que foi previsto no ano passado", afirmou.
Segundo o secretário-geral do sindicato, as empresas recebem incentivos fiscais mas não repassam os lucros para os trabalhadores.
A GM possui 7.500 funcionários em São José. Destes, 925 estão em layoff -- com os contratos de trabalho suspensos.

Detalhes. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, o acordo prevê o reajuste de 8,24% para salários de até R$ 8.000. Acima disso, será pago um fixo de R$ 659,20. O abono será igual para todos os trabalhadores, inclusive para os que estão em layoff.
O piso salarial teve reajuste de 8,58%, passando de R$ 1.576,68 para R$ 1.712.

Repercussão. O diretor regional do Ciesp (Centro de Indústrias do Estado de São Paulo) de São José, Almir Fernandes, considerou o reajuste concedido pela GM "fora da realidade". Segundo ele, as outras indústrias não têm condição de manter aumento. "As outras não tem como acompanhar esse aumento. Se mantiverem esse reajuste, muitas indústrias vão quebrar", afirmou.
Segundo Fernandes, esse ano foi muito ruim para as empresas, o que provocou a demissão de funcionários. "O sindicato está matando a galinha dos ovos de ouro."
A General Motors não fez um pronunciamento oficial, apenas informou via assessoria de imprensa que o acordo foi importante para a empresa.
Para o economista Edgard Pereira, o setor automobilístico tem mais condições de aumentos devidos aos incentivos do governo no setor.
A Prefeitura de São José não quis se manifestar, pois considera o assunto restrito à empresa e aos funcionários.

Protestos em duas fábricas reúnem mil
São José dos Campos

Mais de mil metalúrgicos de duas empresas do setor de autopeças cruzaram os braços ontem na região em mobilização da campanha salarial.
Em Jacareà­, cerca de 230 trabalhadores da Schrader pararam as atividades por duas horas. Em São José, 800 funcionários da TI Automotive aderiram aos protestos e aprovaram uma greve de 24 horas a partir de hoje.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, se não houver avanço nas negociações, uma nova paralisação pode ocorrer por tempo indeterminado.
Eles pedem reajuste salarial em torno de 12%, sendo 7% de aumento real. As empresas ofereceram apenas a inflação, proposta que foi rejeitada pelos trabalhadores.
Hoje, as paralisações continuam mas não foram divulgadas em quais empresas. As greves servem para pressionar as empresas a conceder um reajuste salarial maior que a inflação. Cerca de 44 mil trabalhadores estão vinculados ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José.

 

Postado pela Assessoria de Imprensa: 12/09/2012

Fonte: Paulo Lopes/ Jornal O VALE    

Foto: Roosevelt Cássio/Sindicato dos Metalúrgicos

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