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24/10/2012

Itaú lucro R$ 10,1 bi até setembro sem contrapartida social

Conforme o balanço divulgado nesta terça-feira 23, o Itaú acumulou, nos nove primeiros meses deste ano, lucro lí­quido de R$ 10,102 bilhões, montante 7,6% menor do que o do mesmo perí­odo do ano passado.

No trimestre, o lucro lí­quido no critério recorrente foi de R$ 3,412 bilhões, 13% menor do que no mesmo perí­odo de 2011. O resultado lí­quido foi de R$ 3,372 bilhões, queda de 11,4% ante igual perí­odo do ano passado.

A rentabilidade do banco, medida pelo retorno sobre o patrimônio lí­quido (ROE), foi de 17,5% no terceiro trimestre, contra 22,7% obtido um ano antes. Em nove meses, ficou em 18,2%, ante 22,5% registrado de janeiro a setembro do ano passado.

A carteira de crédito, por sua vez, terminou setembro em R$ 417,603 bilhões. A cifra representa elevação de 1% em relação ao segundo trimestre deste ano.

Por outro lado, asdespesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) foram majoradas em relação às praticadas no ano passado. Na comparação com os meses de julho a setembro de 2011, essas despesas apresentaram alta de 19,45%. Em nove meses, os gastos com PDD somaram R$ 17,959 bilhões, aumento de 24,2% ante um ano antes.

Em seu demonstrativo de resultados, o Itaú destaca que esse nà­vel de provisionamento é atribuído, principalmente, à alta inadimplência verificada nas carteiras de veículos e ao aumento das carteiras de crédito pessoal (principalmente crediário parcelado e cheque especial).

"São justamente esses provisionamentos que fazem com que o lucro corrente seja menor em comparação aos do ano passado. Tática que muito vem sendo utilizada pelas instituições financeira para mascarar seus elevados lucros", afirma Valdir Machado, diretor de Bancos Privados da FETEC/CUT-SP. "O lucro do Itaú nesses primeiros nove meses do ano, de R$ 10,102 bilhões, é estratosférico. E, mesmo assim, o banco é um dos que mais vem demitindo no setor, precarizando as condições de trabalho dos funcionários e de atendimento a clientes e usuários", alerta o dirigente.

Segundo o balanço divulgado, entre junho e setembro deste ano o número de empregados recuou de 92.517 para 90.427. Ou seja, redução de 2.090 postos em três meses. Em um ano, entre setembro de 2011 e setembro de 2012, a quantidade de empregados caiu 9.393.

"Uma das alegações do banco para aumento dos provisionamentos é a alta da inadimplência nas carteiras de veículos. Mas isso é fruto da falta de funcionários e causa do elevado número de reclamações recebidas pelo Banco Central. Se o banco aumentasse as contratações, como o movimento sindical reivindica, os clientes seriam melhor orientados na obtenção de crédito e na solução de suas dúvidas", explica Machado.

Conforme o dirigente da FETEC-CUT/SP, a estratégia recém-adotada pelo Itaú, de estender o horário de agências em algumas localidades não resolve o problema do atendimento. "Pelo contrário, prejudica a saúde do bancário, em virtude do maior número de horas trabalhadas, ao mesmo tempo em que institui a discriminação entre clientes e usuários", denuncia.

Em algumas unidades, o banco presta atendimento exclusivo a clientes após às 17h. Em outras, entre as 8h e 11h. "O movimento sindical bancário é contra esse tipo de prática. Defendemos a ampliação do horário de atendimento, para das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho, como forma de melhorar o atendimento e gerar mais emprego no setor", conclui o dirigente.

 

Postado pela Assessoria de Imprensa: 24/10/2012
Fonte: FETEC-CUT

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