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01/02/2013

FETEC/CUT-SP e sindicatos filiados repudiam autoritarismo do BB

A FETEC/CUT-SP e sindicatos filiados, reunidos nesta quarta-feira 30, repudiaram a decisão do Banco do Brasil, de implementar, unilateralmente, a nova estrutura de funções comissionadas de seis horas.

As regras do novo plano foram comunicadas ao movimento sindical na última segunda-feira 28, sem qualquer consulta ou negociação prévia com os representantes dos trabalhadores. Dentre as medidas que já começaram a ser implementadas, está a extinção de todas as funções comissionadas de 8 horas com redução salarial e a classificação automática de todos os gerentes e grande parte dos cargos de analistas e assessores para funções de confiança (FC).

Para esses funcionários, a jornada será mantida em 8 horas, mas o banco estabeleceu o prazo até a próxima segunda-feira para assinatura do termo de opção pela manutenção da função. Quem não assinar será automaticamente descomissionado. Para os demais cargos, dentre os quais os assistentes, o banco não exige o preenchimento de formulário para a manutenção da função. Mas, se esses trabalhadores optarem a qualquer tempo pela redução da jornada para seis horas, eles também sofrerão uma redução de sua remuneração bruta em 16%.

Para a FETEC/CUT-SP e sindicatos filiados, a imposição do novo plano pelo BB fere o princíp­io do diálogo entre as partes, em flagrante desrespeito aos trabalhadores que, neste momento, enfrentam uma série de questionamentos, sem saber quais podem ser os reflexos sobre seu futuro profissional.

Há tempos, o movimento sindical bancário luta pelo respeito à jornada de seis horas para toda a categoria, conforme prevê a legislação. Mas, ao longo dos anos, os bancos criaram uma série de subterfúgios para prorrogar a carga horária de seus empregados.

No BB, o respeito à jornada de seis horas sem redução salarial transformou-se em eixo de luta nas últimas Campanhas Nacionais até que, em 2012, o banco assumiu o compromisso de rever a situação. "Só que agora o banco o faz de maneira totalmente autoritária, sem levar em conta de que se tratam de medidas que mexem com a vida das pessoas. É uma prática que deverá ser amplamente denunciada pelas entidades sindicais", antecipou Roberto Rodrigues, secretário geral da FETEC/CUT-SP.

Na avaliação preliminar das lideranças sindicais, o plano imposto pode esconder armadilhas, as quais só tendem ser descobertas ao longo do tempo. Por isso, a importância de os funcionários ficarem atentos às orientações dos sindicatos, os quais já estão convocando plenárias para aprofundar o debate. "As entidades sindicais têm o papel de apontar os problemas. Mas a construção de soluções deve ser conjunta entre sindicatos e trabalhadores", sugeriu Antonio Sabóia, dirigente da FETEC/CUT-SP.

De acordo com Ernesto Izumi, integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), embora a decisão de aderir ou não ao termo de seis horas seja individual, a única maneira de enfrentar o autoristarismo do banco é por meio da atuação coletiva. "As entidades sindicais seguirão lutando por respeito aos trabalhadores. Por isso, a importância de os funcionários do BB seguirem juntos com os seus sindicatos nessa luta".

Conforme Cláudio Luiz de Sousa, também integrante da CEBB, há muito o que se denunciar no Banco do Brasil. "A prática atual do BB tem sido a de competir com banco privado e ganhar dinheiro. Haja vista que a instituição ampliou as metas em 600%. Então, temos de seguir denunciando as metas abusivas, as práticas de assédio moral, os descomissionamentos irregulares e as pressões para vendas cada vez maiores sobre as gerências. Trata-se de uma campanha permanente de conscientização, a qual deve envolver todo o funcionalismo", salientou o dirigente.

Além de repudiar a prática do BB, a FETEC/CUT-SP indica aos sindicatos a realização de plenárias com o funcionalismo para aprofundamento do debate, o qual deverá ser sistematizado para encaminhamentos em nova reunião da federação cutista com as entidades filiadas, a ser agendada para a próxima semana.

 

 

Postado pela Assessoria de Imprensa: 31/01/2013
Fonte: Fetec-CUT/SP

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