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09/02/2017

BB é pressionado em audiência sobre reestruturação

Contraf-CUT, Sindicatos e outras entidades sindicais não deram trégua aos representantes do Banco do Brasil em debate sobre o processo de reestruturação no banco público e seus prejuízos para bancários e clientes. Foi em audiência realizada na terça-feira 7, no Ministério Público do Trabalho, em Brasília.

“A reestruturação, feita a toque de caixa, é uma verdadeira tragédia para bancários, clientes e para o próprio BB. O plano não foi apresentado aos bancários e nem para as entidades sindicais. Inclusive, o MP questionou o fato de a reestruturação praticamente ter sido anunciada via Fantástico, programa dominical da Globo”, destaca o diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga.“Levantamos ainda o debate sobre as incertezas relacionadas com um possível Plano de Demissão Voluntária (PDV) e o banco negou qualquer intenção neste sentido.”

Problemas – Desde o início de fevereiro, 3.490 funcionários foram incluídos no VCP (Verba de Caráter Pessoal) – que mantém por quatro meses o salário de bancários descomissionados – e outros 690 bancários permanecem nas funções até o fechamento das agências. De acordo com o banco, 1.619 vagas de funções serão ocupadas prioritariamente pelos trabalhadores em VCP.

“Acontece que os bancários não terão o mesmo salário nessas funções. No caso de gerentes de negócios e gerais, a redução pode chegar a 50%“, esclarece o dirigente.

Outro problema abordado na audiência está relacionado com os 1.148 funcionários que perderam a gratificação de caixa e que não foram incluídos no VCP. O BB argumenta que não entende a gratificação de caixa como função. “A palavra de ordem nesse caso é isonomia. Não existe justificativa plausível para excluir os caixas do VCP”, critica Fukunaga.

De acordo com os representantes do BB, será aberta na quinta-feira 9 rodada automática de remoção, para que caixas e escriturários que não conseguiram realocação na mesma praça possam concorrer a vagas em outros locais.

“O BB afirmou que irá analisar o que foi dito sobre o VCP dos caixas pelo movimento sindical e MPT e decidirá se mantém ou não seu posicionamento, inclusive sobre a possibilidade de retroação da verba. É um absurdo que um executivo possua VCP de 12 salários, enquanto caixas sequer são incluídos e os demais trabalhadores tenham a verba por apenas quatro salários. É essa maioria que garante o lucro do banco e não uma minoria de executivos cheios de regalias. Exigimos isonomia”, enfatiza o dirigente sindical.

Súmula 372 – Sobre a Súmula 372 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que assegura incorporação da função ao funcionário que permaneceu pelo menos dez anos em um cargo e foi descomissionado sem motivo justo, o BB alegou entender que a reestruturação é um “motivo justo”. Discordaram do posicionamento o MPT e os representantes dos trabalhadores.

“Motivo justo é equivalente à justa causa, e não um processo interno e unilateral por parte da direção do banco. Ao negar esse direito pela via negocial, o BB aumentará seu passivo trabalhista, uma vez que existem inúmeras ações na Justiça pleiteando a incorporação de função, com chances enormes de serem bem sucedidas”, avalia Fukunaga.

“A gestão Cafarelli diz que quer economizar R$ 2 bi com a reestruturação. Porém, com a forma como está sendo feita, sem diálogo e transparência, o resultado deste desmonte será um prejuízo para o banco diante do aumento dos passivos trabalhistas. Isso sem falar nos prejuízos, já evidentes, para funcionários e clientes”, conclui o diretor do Sindicato.

Próximos passos – No dia 22 de fevereiro será realizada nova mesa de negociação, na qual o BB deve apresentar um posicionamento sobre o VCP dos caixas e deslocamento dos mesmos para outras praças, entre outros questionamentos dos representantes dos trabalhadores.

Já em 2 de março ocorrerá nova audiência de mediação, junto ao MPT, entre os representantes do funcionalismo e do BB.
 
Fonte: SEEB SP
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