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21/05/2015

Lula pede paciência e diz que situação "não ficará ruim o tempo todo"

Ao abrir o Seminário Nacional de Estratégia para o Ramo Financeiro, organizado pela Contraf-CUT, na noite desta quarta-feira (20), no Braston Hotel, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu paciência aos trabalhadores e disse que, apesar do pessimismo de setores conservadores da sociedade, a situação econômica do País tende a melhorar.

"O governo da companheira Dilma não vai ficar ruim o tempo todo. O Brasil não vai perder para Alemanha, de sete a um, todas as vezes. A Dilma sabe que as dificuldades precisam ser superadas, sabe que tem que apresentar projetos. A Petrobras não tem que ficar o tempo todo discutindo Lava-Jato, precisa desenvolver o pré-sal. Eu estou convencido que esta angústia será superada," avaliou Lula.

O ex-presidente elogiou o protagonismo dos bancários. Disse ter uma excelente relação com o movimento sindical. "Nunca pedi para não protestarem, não fazerem greve. O que vocês não podem é estar mal com os trabalhadores. Podem estar mal com a Dilma, com o Lula, mas não com sua categoria".

Lula pediu aos dirigentes para levantarem a cabeça. "Vocês são líderes, são porta-vozes que falam para outras pessoas. Eu queria que, ao sair deste encontro, vocês soubessem que não há espaço para voltar de cabeça baixa para seus locais de trabalho. É preciso reconhecer que o momento é difícil, mas também que nós seremos os responsáveis para sair dessa situação."

O ex-presidente também criticou o comportamento de adversários políticos. "O que não podemos permitir é que aqueles que perderam se comportem como se tivessem ganhado. E nós que ganhamos, como se tivéssemos perdido".

O trabalhador não pode ser penalizado

Antes da fala de Lula, o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, abriu o seminário agradecendo a presença dos dirigentes, os quais chamou de "lutadores dos movimentos sociais e sindicais."
Roberto, no entanto, comentou que logo no início do segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff os trabalhadores tiveram um dissabor. "Após a eleição, veio o anúncio do ministério. Não era o que imaginávamos. Depois, as MPs 664 e 665 retirando direitos dos trabalhadores. E, em seguida, o plano Levy de reajuste fiscal. Vamos deixar claro que não aprovamos um plano de ajuste que penalize o trabalhador. Queremos a taxação das grandes fortunas, que os ricos contribuam com sua parte. Que tenha uma reforma tributária e redistribuição de renda."

Roberto ressaltou, no entanto, que o governo Dilma é o mais próximo do trabalhador. "Somos parceiros do governo, sabemos que esta escolha tinha responsabilidade e um preço. Mas, estaremos nas ruas para defender, junto com a CUT, o direito dos trabalhadores na paralisação do dia 29 contra o PL 4330."

Enfrentamento

Já Vagner Freitas, presidente da CUT, afirmou que é um momento importante de enfrentamento de classe do Brasil. "Nós temos capacidade de dar condições para Dilma governar e avançar para quem mais precisa. Porém, essa opção nos custou a reação da direita, uma briga de classe, e um enfrentamentos das desconstruções das políticas públicas voltadas para a população"

Freitas lembrou que a paralisação no dia 29 será por avanços e não ao retrocesso. "Nosso mote é contra a direita por mais direitos."

Mais crédito

Juvandia Moreira, vice-presidente da Contraf-CUT e presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, afirmou que o seminário é importante para nortear a Confederação nos próximos três anos. "Temos de encontrar uma forma para que o sistema financeiro cumpra o seu papel. Pois, atualmente, nosso sistema mais tira dinheiro da economia do que ajuda. Seria importante que o sistema não cobrasse taxa de juros tão altas, além das inúmeras tarifas bancárias. Assim, geraria mais emprego, além de ajudar o cenário econômico do País."

Fonte: Contraf-CUT/ Foto: Jaíl­ton Garcia - Contraf-CUT

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