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22/12/2014

Coletivo Estadual de Mulheres da CUT/SP define plano de ações para 2015

Agenda extensa e em tempos desafiadores - é o que aguarda as cutistas em 2015, ano que promete intensas mobilizações e lutas ainda mais aguerridas à classe trabalhadora e aos movimentos sociais.

Em reunião ampliada nesta quinta (18), no Centro de Formação do Sindsep-SP, na capital, as dirigentes que integram o Coletivo Estadual de Mulheres da CUT São Paulo organizaram ações e estratégias futuras e definiram um calendário de atividades - a primeira reunião de 2015 será em 29 de janeiro, para discutir a realização do Encontro Estadual da Mulher Trabalhadora e a preparação ao Dia Internacional da Mulher.

"Temos que levar as pautas específicas e gerais, os debates ao cotidiano e promover transformações", pontua Sônia Auxiliadora, secretária estadual da Mulher Trabalhadora da CUT/SP. E começar o ano mantendo a pressão pela cassação do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi decisão unânime das dirigentes (leia Somos todas Maria do Rosário)

"Essa luta deve ser símbolo de que não toleramos mais qualquer tipo de violência contra a mulher", ressalta Rosane Silva, secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT. Na agenda de mobilizações, a Marcha das Mulheres Negras, em maio, e a Marcha das Margaridas, em agosto. Ainda, a extensa pauta no cotidiano sindical, no trabalho de base, e o IV Módulo do Curso de Formação Feminista, em julho e agosto.

Dulce Xavier, secretária adjunta da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres de São Paulo (SMPM-SP), fez um balanço de ações da Pasta nesse ano e apresentou as perspectivas para 2015: continuidade aos projetos voltados à autonomia econômica feminina e ao enfrentamento da violência; ampliação de ações e espaços para participação e controle social, entre outros, com a criação do Conselho Municipal de Políticas para as Mulheres. "Temos o desafio de ampliar as iniciativas para alternativas de renda e emprego às mulheres em situação de exploração sexual e às egressas do sistema prisional", afirmou.

Mulheres invisíveis, crimes silenciados - No início do encontro, as dirigentes participaram do painel Comunicação e violações de direitos humanos nas instituições, em mesa coordenada por Adriana Magalhães, secretária de Comunicação da CUT/SP, com a participação da advogada feminista Marina Ganzarolli, da assessora da SMPM-SP, Vivian Mendes, e da pesquisadora Rachel Moreno, da Rede Mulher e Mídia.

O foco das discussões foram as denúncias de estupro e outras violações de direitos humanos nos trotes violentos das universidades, que serão investigados por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na quarta (17), na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Questionadas ou silenciadas para afastá-las de seus espaços de atuação, as mulheres há tempos enfrentam um ambiente hostil e inseguro nos campi universitários, relatam Vivian e Marina, sem que as instituições de ensino tomem medidas ou promovam conscientização, o que se reflete na invisibilidade e na omissão às denúncias de estupro e abusos, como ocorre na Universidade de São Paulo (USP).

Para Vivian, a CPI é uma oportunidade para criar mecanismos nas universidades que fortaleçam e combatam o machismo e outras formas de violência contra as mulheres. Ela criticou o julgamento sofrido pelas vítimas, acusadas pela direção da USP por 'desconstruir' a imagem da faculdade. "É criminoso abafar crimes nas universidades para preservar a imagem da instituição", afirma.

Marina defendeu medidas mais eficazes contra os agressores, com apuração da faculdade num processo administrativo, paralelamente ao judicial, e, comprovada a denúncia após amplo direito de defesa, o jubilamento dos estudantes. "No caso de estupro, a vítima tem a opção de registrar ou não um Boletim de Ocorrência, mas de qualquer forma a denúncia tem que ser apurada administrativamente pela faculdade e com punição".

Mulher e mídia - Rachel falou sobre a série de violações expressas cotidianamente nas instituições educacionais, políticas, culturais, cientà­ficas, no casamento, famíl­ia, religião e, claro, nos meios de comunicação.

"A mídia brasileira se resume a tomar posição política em relação aos governos e criar consumidores para seus anunciantes". Por isso, Raquel ressaltou a continuidade da luta pela democratização da mídia no próximo perí­odo (saiba mais sobre a campanha Para Expressar a Liberdade -http://www.paraexpressaraliberdade.org.br/

Quanto ao controle social da mídia - muito criticado pelos donos dos meios de comunicação no Brasil - a pesquisadora explica que, num estudo que realizou em 12 países, a medida funciona sem representar qualquer tipo de censura e foi implantada com os mais variados motivos alegados por essas nações: para cumprir leis sobre a igualdade entre homens e mulheres, devido às políticas de direitos humanos ou pelo compromisso de atingir as Metas do Milênio.

 "O Brasil tem essas leis e também é signatários desses acordos, e todos esses mecanismos justificam o controle social dos meios de comunicação, sem qualquer censura", pontua.

Para interferir nesse cenário, as participantes encerram os debates com o compromisso de adotar estratégias para interferir na mídia cobrando o cumprimento de leis que já existem - a primeira, a Lei Maria da Penha, que no Capítulo I, sobre as medidas integradas de prevenção, determina que os meios de comunicação respeitem "valores éticos e sociais da pessoa e da famíl­ia, de forma a coibir os papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a violência doméstica e familiar".

 

Fonte: CUT

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