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20/11/2014

20 de novembro para avançar na luta contra o racismo

Em pleno século XXI, o racismo persiste no Brasil como uma preocupante realidade, embora se configure em crime inafiançável, conforme a Constituição Federal.

Herança do perí­odo colonial, a prática segue interferindo diretamente na qualidade de vida dos cidadãos afrodescendentes. Um relatório divulgado pela ONU em 2014, com base em dados coletados no fim de 2013, apontou que os negros do país são os que mais são assassinados, os que têm menor escolaridade, menores salários, menor acesso ao sistema de saúde e os que morrem mais cedo. Também é o grupo populacional brasileiro que mais está presente no sistema prisional e o que menos ocupa postos nos governos.

 Segundo o relatório, o desemprego entre os afro-brasileiros é 50% superior em relação ao restante da sociedade, enquanto a renda é metade da registrada entre a população branca.

Contribuir para mudar essa realidade é o objetivo do 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra, data alusiva à morte de Zumbi dos Palmares, o último líder do maior dos quilombos do perí­odo colonial, ocorrida em 1695.

Criado há mais de 30 anos pelo movimento negro, o Dia foi oficializado em 2011, por meio da Lei 12.519. Hoje é comemorado com feriado oficial em 1.047 cidades brasileiras. No Estado de São Paulo, são 101 municíp­ios, incluindo a capital paulista.

"É uma data de reflexões e conscientização sobre a necessidade de se combater o racismo e o preconceito, de forma a se construir um país mais inclusivo com igualdade de oportunidades", afirma Crislaine Bertazzi, diretora de Políticas Sociais da FETEC-CUT/SP.

"A mobilização dos movimentos sociais já surtiu importantes avanços, cujos passos vêm sendo dados pelo governo federal nos últimos 12 anos, dentre os quais a instituição do Estatuto da Igualdade Racial, as políticas contra violência juvenil, as cotas universitárias e as recentes cotas no serviço público. No entanto, esses avanços precisam ser consolidados e ampliados para que o país possa dirimir todo o prejuízo causado à população negra, ao longo de 500 anos de história do Brasil", destaca a dirigente da FETEC-CUT/SP.

Conforme recente seminário promovido pela FETEC-CUT/SP, como parte das atividades do Mês da Consciência Negra, há de se combater o racismo institucional e, sobretudo, priorizar a educação, informação e formação como instrumentos para fazer valer a verdadeira cidadania para os 201 milhões de brasileiros.

Sà­mbolo de resistência - A escolha do 20 de novembro tem a ver com a resistência e força contra a escravidão mostrado pelos palmarinos, cujo líder foi Zumbi dos Palmares.

Outro motivo para a escolha dessa data é o repúdio ao calendário nacional, que sempre comemorou o fim da escravidão em 13 de maio, data em que a princesa Isabel assinou a Lei àurea, em 1888.

Ao desbancar a falsa ideia de que a abolição da escravatura tenha sido um favor dos brancos aos escravos, o 20 de novembro rememora a resistência dos negros contra a escravidão e reforça a luta contra todas as formas de preconceito.

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