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17/11/2014

Por inclusão e contra a violência à  juventude negra

Os negros somam atualmente 51% dos 202,7 milhões de habitantes do Brasil. Dentre eles, 28 milhões são de jovens que a exemplo da população adulta sofrem com as discriminações na vida e no trabalho.

É na faixa etária entre 18 e 24 anos que se encontra o maior contingente da população desocupada: 32,6% dos desempregados. Além de serem discriminados na contratação, os jovens negros ainda continuam ocupando os piores postos com os piores salários, apesar das acertadas políticas afirmativas do governo federal, dentre as quais as cotas universitárias.

 Para as lideranças do movimento sindical, as reflexões deste Mês da Consciência Negra devem apontar para ações capazes de garantir maiores avanços no combate ao racismo e a todas as formas de preconceito.

"Os jovens no Brasil ainda sofrem um agravante, justamente por conta do preconceito. São as maiores vítimas da violência, o que muitas vezes os impedem de chegar à fase adulta", afirma Crislaine Bertazzi, diretora de Políticas Sociais da FETEC-CUT/SP.

O Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americano (Cebela) revela que, a cada três assassinatos cometidos no Brasil, dois são de jovens negros de 15 a 24 anos de idade.  Segundo os dados, a probabilidade de um jovem negro morrer assassinado antes da idade adulta é 134 vezes maior do que a de um jovem branco.

Para tentar reverter essa situação, o governo federal implementou o Plano Juventude Viva, prevendo o aprimoramento da atuação do Estado por meio do enfrentamento ao racismo institucional e da sensibilização de agentes públicos para o problema. Além disso, estão previstas ações nas áreas do trabalho, educação, saúde, acesso à justiça, cultura e esporte.

"No entanto, é preciso mais, já que grande parte da violência tem sido praticada pela própria polícia militar, principalmente no Estado de SP, onde a juventude negra, pobre e moradora das periferias sofre com práticas de extermín­io", denuncia a dirigente ao ressaltar a necessidade de os movimentos sociais intensificarem as pressões pela aprovação do Projeto de Lei 4471/12, o qual prevê a investigação de mortes e lesões corporais cometidas por policiais. A tramitação do PL está parada na Câmara do Deputados desde o último mês de abril.

"Temos de buscar avanços e pressionar para que legislações já em vigor sejam efetivamente respeitadas, a exemplo da lei 10.639, de 2003, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, desde a educação básica até o nà­vel médio. Ao efetivarmos essas ações afirmativas para o conjunto da população negra, automaticamente, a juventude negra ganha condições de ascender à idade adulta de forma inclusiva", conclui Bertazzi.

Fonte: FETEC-CUT/SP

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