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09/10/2014

Campanha dos bancários injetará mais de R$ 9 bilhões na economia

As conquistas econômicas da Campanha Nacional dos Bancários 2014, obtidas com a greve de sete dias que chegou a paralisar 10.355 agências e centros administrativos nos 26 estados e no Distrito Federal, injetarão mais de R$ 9,030 bilhões nos próximos 12 meses na economia brasileira, segundo projeção do Dieese. A estimativa considera o total de 511.833 bancários, conforme dados da RAIS em 31/12/2013.

Somente os reajustes nos salários, nos vales e na PLR vão levar à economia R$ 9,030 bilhões.

O reajuste de 8,5% nos salários, por exemplo, representa um acréscimo anual de cerca de R$ 3,312 bilhões.

A PLR injetará por volta de R$ 5,112 bilhões. Apenas a antecipação do pagamento, que será efetuada 10 dias após a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) na próxima segunda-feira (13), proporcionará um impacto de cerca de R$ 2,008 bilhões.

Além disso, o reajuste de 12,2% e 8,5% nos vales refeição e alimentação, respectivamente, garantirão mais R$ 606,015 milhões em um ano.

Distribuição de renda

Para Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, "esses bilhões de reais são resultado direto do enfrentamento que tivemos este ano, mais uma vez, com os bancos. Não são benefícios, mas sim conquistas da unidade nacional e da forte mobilização da categoria".

"Esses ganhos dos bancários de todo o Brasil, sobretudo o aumento real pelo 11º ano consecutivo, contribuem, e muito, para aquecer a economia e fazer o país crescer, fomentando o desenvolvimento econômico com distribuição de renda", acrescenta.

Na avaliação da presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, "isso tudo só reforça a importância da classe trabalhadora e de nossas lutas. Nessa última década temos conseguido aumento acima da inflação. Diferente dos anos 1990 quando nossos reajustes não tinham qualquer ganho real e os salários perdiam ano a ano poder de compra. Um tempo de atraso, de desrespeito aos trabalhadores e seus direitos que não queremos mais ver de volta".

Vitória contra a crise e o pessimismo econômico

Para a economista do Dieese, Regina Camargos, pelo seu tamanho e capilaridade, a categoria bancária tem um papel muito importante para dinamizar a economia em nà­vel local e nacional. Os ganhos obtidos em suas negociações anuais injetam uma elevada soma de recursos no comércio, na indústria e nos serviços, como na cultura e lazer.

"Esse efeito dinamizador comprova a importância da elevação do poder aquisitivo dos trabalhadores para mover a roda da economia e ajudar o país a atravessar com menor turbulência a mais grave crise já enfrentada pelo capitalismo mundial desde 1929. O Brasil é um dos poucos países do mundo que está passando pela crise sem afetar o nà­vel de emprego e de renda da classe trabalhadora e isso está sendo decisivo para que a crise não nos afete da forma como já ocorreu no passado", destaca Regina.

Economistas de renome mundial e até mesmo o ortodoxo FMI têm dito que esse diferencial brasileiro no enfrentamento da crise está sendo decisivo para evitar que o país amplie as desigualdades sociais, tal como está acontecendo nos Estados Unidos e na Europa.

Segundo a economista, os ganhos obtidos pelos bancários em suas negociações coletivas, nestes últimos 11 anos, foram decisivos para fomentar esse novo momento da economia brasileira, juntamente com outras categorias organizadas, como metalúrgicos, petroleiros e comerciários. "Ao lado da política de valorização do salário mín­imo, os ganhos reais obtidos pelos trabalhadores têm contribuído para atenuar a elevada desigualdade de renda existente no país", salienta.

"Por tudo isso, a vitória dos bancários não beneficia somente a categoria. Ela tem efeitos positivos sobre o conjunto dos trabalhadores e a economia brasileira, diante dos seus impactos em diversos setores. Ao mesmo tempo, as conquistas alcançadas representam, também, uma importante vitória contra o pessimismo que a grande mídia tenta diariamente disseminar na sociedade ao fazer projeções catastróficas sobre o desempenho do país", conclui Regina.


Fonte: Contraf-CUT, Seeb São Paulo e Dieese

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