Greve garante direitos, conquistas e aumento real

Desde 2003, os bancários fazem greves nacionais todos os anos para pressionar a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a avançar nas negociações. O resultado desta mobilização é que, desde 2004, a categoria garante aumento de salário, acumulando 18,3% de ganho real na massa salarial e 38,7% nos pisos. Confira abaixo a tabela de reajustes de 1995-2013, nos bancos públicos e privados:

História de lutas " A organização dos bancários é fruto de uma história de muitas lutas. Em 1992, a explosão inflacionária impactava direto no bolso dos trabalhadores, que chegavam a amargar 1.149% de perda salarial. Naquele ano, com muita resistência, os bancários conquistaram, pela primeira vez, uma Convenção Coletiva de Trabalho com extensão nacional, unificando os direitos da categoria (exceto nos bancos federais).

Apesar deste avanço, o cenário se tornou ainda mais desfavorável com a chegada do Governo FHC. A reestruturação produtiva dos bancos, acelerada pelos novos modelos de gestão advindos das reformas neoliberais, reduziu a categoria a menos da metade: de quase 1 milhão, em 1987, para 392 mil, em 1999. Além da onda de demissões, os bancários enfrentaram congelamentos salariais.

Foi somente com a chegada do Governo Lula que houve uma mudança da conjuntura. Em 2003, os bancários de bancos públicos e privados se uniram, permitindo, a partir do ano seguinte, grandes mobilizações e greves nacionais, que renderam conquistas de aumento real nos salários e outros avanços importantes nas condições de trabalho.

Greve é um direito " A greve é um direito garantido ao trabalhador pela Constituição Federal e pela Lei nº 7.783, de 1989, frente ao esgotamento da via negocial. Além disso, o interdito proibitório não impede a greve, trata-se apenas de um instrumento legal utilizado pelos bancos para fragilizar a unidade dos bancários.

Fonte: Seeb Curitiba