27/06/2011
Itaú anuncia reorganização interna na mídia e deixa funcionários apreensivos
A COE Itaú se reunirá no dia 28/6 para discutir ações preventivas para barrar possíveis ações do banco contra os funcionários
Mais caciques, menos índios. Assim poderia ser chamado o plano estratégico do Itaú Unibanco para os próximos meses. Em matéria publicada na edição de 15/6 da Revista Exame, com o título "Agora, ele precisa cortar", o banco anunciou que está abrindo 7 mil vagas até dezembro para novos gerentes e profissionais especializados em atender empresas. Tudo seria lindo se junto a este anúncio de mais contratações não viesse também a informação que haverá "corte de custos" e "reorganização interna" de pessoal.
Embora os executivos do banco afirmem que o objetivo central não visa a redução do quadro de funcionários, só durante os meses de abril e maio deste ano, cerca de 350 funcionários deixaram o banco, a maioria deles pertencentes a área de crédito ao consumidor. Agora os bancários remanescentes estão se perguntando agora qual a próxima área que vai começar a demitir.
Temendo o pior, a Comissão de Organização dos Empregados do Itaú (COE) já agendou reunião para o próximo dia 28/6, na sede da FETEC-CUT/SP, para discutir o assunto e tirar uma contra-estratégia para conter possíveis ações do Itaú Unibanco contra o trabalhador.
"Temos visto o quadro de gerentes aumentar ao passo que as demissões dos funcionários com cargos operacionais só cresce. Esse descompasso está gerando uma série de problemas para aqueles que ficam: aumento de metas, mais pressão, mais assédio moral, mais adoecimento, entre outros. Com esse anúncio de 'reorganização interna' está claro para a gente que haverá ainda mais demissões e isso, nós não podemos deixar acontecer", afirma Valdir Machado, diretor de Bancos Privados da FETEC-CUT/SP.
Fonte: FETEC/CUT - por Assessoria de Imprensa 27/06/2011
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