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SEU BANCO - FINANCEIRAS

07/07/2011

Saúde e condições de trabalho se sobressaem em debates preliminares da Campanha Nacional 2011

 

As metas abusivas e as práticas de assédio moral dentro dos bancos continuam no centro das preocupações da categoria bancária. Isso é o que demonstram os debates que a FETEC-CUT/SP vem realizando nos sindicatos filiados, desde o último mês de junho. 

 

A exemplo das reuniões realizadas inicialmente em Mogi das Cruzes, Limeira, Vale do Ribeira e Guarulhos, os cinco últimos encontros (Bragança, Jundiaí­, Taubaté, Presidente Prudente e Assis) também tiveram o foco de seus debates na necessidade de se ampliar a luta contra a violência organizacional nos locais de trabalho.

Conforme o presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí­ e Região, Paulo Mendonça, o Paulão, embora todos queiram salários maiores e PLR justa, os trabalhadores do setor querem maiores avanços na questão de saúde e condições de trabalho. "O assédio moral continua sendo a principal reclamação dos bancários apesar do acordo aditivo à CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), firmado recentemente pelos maiores bancos, instituindo o Protocolo para prevenção de conflitos no ambiente de trabalho", afirma Paulão, ao lembrar que uma das reivindicações antigas da categoria é a contratação de mais funcionários, como forma de se melhorarem as condições de trabalho dentro dos bancos.

Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de Taubaté e Região, Vera Saba, a fusão e/ou incorporação de instituições financeiras agravaram as práticas de assédio moral. "Esses processos no BB/Nossa Caixa e no Itaú/Unibanco trouxeram a necessidade de adaptações de sistemas e de rotinas, o que intensificou ainda mais as metas abusivas sobre os bancários".

De acordo com o presidente em exercício do Sindicato dos Bancários de Assis e Região, Hélio Paiva Matos, os debates sobre saúde e condições de trabalho tendem a ser o carro-chefe desta Campanha Nacional. "Em Assis, 22% da base tem orientação médica para fazer uso de psicotrópicos, enquanto outros 12% estão afastados do trabalho por problemas de saúde provocados por pressões para cumprimento de metas".

O presidente do Sindicato dos Bancários de Presidente Prudente e Região, José Carlos Roberto, o Café, acrescenta: "nos bancos privados, a rotatividade cresce por conta da avaliação individual sobre o cumprimento das metas".

Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Bragança e Região, Rodrigo Franco Leite, tal situação remete a um papel ainda maior por parte dos sindicatos. "Temos de insistir na importância da conquista na campanha de 2010, da cláusula 51 da CCT, a qual instituiu o Protocolo para prevenção de conflitos no ambiente de trabalho. Motivar o bancário a não ter medo de denunciar, lembrando-o de que o sigilo está garantido".

As direções de todos os sindicatos visitados pela federação cutista são unânimes em aplaudir a realização de tais reuniões. "A iniciativa da FETEC-CUT/SP aproxima os dirigentes dos problemas vividos pelos bancários nas diversas regiões, favorecendo a construção da Campanha Nacional", afirma Café.

"O diálogo se amplifica favorecendo a mobilização", conclui Hélio Paiva Matos.

Fonte: Lucimar Cruz Beraldo-FETEC-SP / por Assessoria de Imprensa 08/07/2011

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