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30/07/2019

Reestruturação no Banco do Brasil segue com cortes e fechamento de agências

O Banco do Brasil anunciou na segunda-feira (29) uma reestruturação com ajustes de quadros, redução de agências e corte de 2.300 vagas em agências e setores administrativos internos.

A reestruturação ainda inclui o fechamento de mais de 300 agências, que serão transformadas em postos de atendimento, sem autonomia e sem gerente administrador.

O anúncio foi feito por meio comunicado oficial aos funcionários nos canais internos de comunicação, com critérios e prazos da reestruturação e do plano de desligamento.

O pacote prevê:

  • o redimensionamento da estrutura organizacional, com ajustes nas dotações na sede, nas unidades táticas, nas áreas de apoio e na rede (na prática esse redimensionamento significa corte de 2.300 vagas, entre escriturários, caixas e funções comissionadas. Os funcionários que não se realocarem, perderão cargos com corte nos salários);
  • a classificação de nível de unidades de negócios (com a reclassificação, 634 agências foram rebaixadas e apenas 76 subiram de nível. Mais de 600 gerentes gerais terão uma redução considerável nos salários, chegando em alguns casos a mais de 50% de perda);
  • a transformação de 333 agências em postos de atendimento (PAs) e de 49 postos de atendimento (PAs) em agências (o número de agências que serão fechadas e transformadas em PAs é muito maior, significando menos autonomia para fazer negócios, corte de vagas e de salários dos funcionários);
  • a criação de 42 agências-empresa (o BB ainda não informou onde e quantas agências-empresa serão criadas);
  • ajustes na abrangência de atuação em algumas superintendências de varejo (algumas superintendências estaduais e GEPES Estaduais serão fechadas e fundidas com outras, novamente haverá corte de cargos e pessoas terão que se realocar em outro estado se não tiver vaga no local).

Desligamentos

O Banco do Brasil lançou ainda, atrelado à reestruturação, um Plano de Ajuste de Quadros – PAQ, com incentivo ao desligamento.

A Comissão de Empresa dos Funcionários do BB solicitou ao banco que fosse realizada uma reunião para mais esclarecimentos, com os membros da CEBB e Sindicatos do Comando Nacional dos Bancários.

3007 A reunião, por videoconferência, aconteceu das 15h às 19h. Os representantes dos sindicatos fizeram vários questionamentos sobre os pacote de reestruturação e como será a realocação dos funcionários, já que centenas perderão os cargos e terão salários reduzidos.

O BB informou que os funcionários que não forem realocados em cargos equivalentes receberão, durante os quatro meses, uma Verba de Caráter Pessoal (VCP), que completa o rendimento. Os caixas não serão contemplados.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) prontamente cobrou do banco que, assim como negociado com os sindicatos em reestruturação anterior, que os caixas também tenham direito ao completo salarial. “Para nós, se vai ser com VCP, prorrogação da gratificação de caixa ou outra verba, o importante é que o tratamento seja igual para todos recebem quaisquer adicionais pela função exercida”, disse o coordenador da CEBB, Wagner Nascimento.

As entidades de representação também questionaram sobre o processo de remoção compulsória para os funcionários que continuarem em excesso nas unidades. O banco afirmou que não haverá remoção compulsória para outro município.

A Contraf-CUT solicitou ao banco que seja fornecida a listagem das agências que serão transformadas em postos de atendimento, assim como todos os setores que serão reduzidos, e a respectiva quantidade de funcionários que serão afetados em cada uma das unidades.

O Banco do Brasil disse que vai analisar o fornecimento das informações detalhadas. Os representantes dos funcionários ficaram indignados com a possibilidade de não serem passadas as informações, uma vez que quanto mais informação, melhor será o atendimento e a agilidade na realocação dessas centenas de pessoas que terão salários reduzidos.

Os sindicatos cobraram do BB que as homologações de quem se desligar no PAQ sejam feitas nos sindicatos, para melhor acompanhamento e orientação aos funcionários.

“Vários sindicatos, no Brasil inteiro, tem recebido reclamações de diferenças e erros em rescisões contratuais. A recusa do BB em fazer a homologação no sindicato contradiz o discurso da transparência e da proteção aos funcionários”, afirmou João Fukunaga, diretor Jurídico do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.

Plano de desligamento

O plano de desligamento oferecido via PAQ, conta com incentivo à demissão de escriturários ou caixas que ficarem excedentes no município e dos funcionários em excesso no cargo, no prefixo em que trabalham. Os seja, os demais funcionários que não se enquadram no excesso não poderão se desligar no PAQ.

O incentivo será de cerca de um salário por ano trabalhado com piso de R$20.000,00 (vinte mil reais) e teto de 7,8 salários para quem tiver até 20 anos de banco e até 9,8 salários para quem tiver mais de 20 anos de banco. Nos dois casos o valor do teto será de R$200.000,00 (duzentos mil reais).

Os funcionários que não estiverem em excesso e quiserem sair no PAQ poderão tentar fazer uma permuta (remoção) com outro em excesso para tentar o incentivo. Isto não significa a garantia de saída com incentivo, pois a validação se dará após a regularização dos excessos.

“Todos os funcionários podem se inscrever no PAQ, mas a efetivação somente se dará após a verificação da situação de excesso na praça ou no cargo. Portanto a opção de permuta deve ser feita com muito cuidado, para não gerar frustração e perda de cargo desnecessária e sem volta”, explicou o coordenador da CEBB.

Consulta à Previ e Cassi

Os funcionários interessados e em se deligar no PAQ deverão consultar sua situação na Previ, para que não saiam sem o benefício de aposentadoria e sem o plano de saúde. O PAQ contém modalidades diferentes para cada situação dos funcionários e isso deve ser observado.

Para Wagner Nascimento, reestruturação com corte de pessoas e redução de salários nunca é coisa boa. “Para nós, o banco falha em não garantir os salários nas mudanças radicais que a empresa faz, desestruturando a vida dos funcionários. Não bastasse a pressão por metas, que tem descomissionado e cortado salários todos os meses, agora o corte é de ofício”, criticou Wagner, lembrando que a reivindicação da Contraf-CUT sempre foi a incorporação da gratificação de função para proteção aos trabalhadores.

“Aguardaremos o banco fornecer as informações completas e detalhadas da reestruturação. Vamos acompanhar o andamento da realocação dos funcionários e nossos sindicatos estarão à disposição dos funcionários para dar orientações administrativas e jurídicas de acordo com cada caso”, disse o coordenador da CEBB.

Fonte: Contraf-CUT

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