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31/01/2013

BB diminui salários em 16%

Para melhorar desempenho contábil, Banco do Brasil reduz a jornada de trabalho e a remuneração dos funcionários em todo o país


Na tentativa de resolver parte de um passivo trabalhista, que chega a aproximadamente R$ 2,7 bilhões e nos nove primeiros meses de 2012 rendeu despesas de R$ 530 milhões, o Banco do Brasil reformulou a estrutura de cargos e a jornada de trabalho.

Funcionários terão de decidir, até o fim desta semana, se aceitam passar seus contratos de oito horas diárias para seis " uma mudança que acarretará perda de 16% na remuneração mensal dos trabalhadores. Não há estimativa, até o momento, de quanto as alterações vão gerar de economia para o banco, mas se prevê um desempenho financeiro melhor da instituição após essas mudanças.

As alterações ocorrem no momento em que o Palácio do Planalto tenta impulsionar ainda mais o crédito no país e os bancos se veem obrigados a se tornar mais eficientes e reduzir os spreads (diferença entre o que a instituição paga para captar recursos e o que ela cobra para emprestar).

Balanço

A expectativa dos gestores da instituição é de que a nova estrutura de cargos, comissões e salários melhore o balanço do banco, que reduziu as margens de lucro no último ano para diminuir as taxas de juros cobradas em empréstimos e funcionamentos. "Com a evolução tecnológica é preciso menos o back office (departamentos que atendem o público interno), e o BB é inflado disso. Eles estão adequando quadro funcional para esse novo ambiente de tecnologia", argumentou João Augusto Salles, economista da consultoria Lopes Filho.

O BB é um dos últimos bancos públicos a acabar com a sétima e oitava hora dos trabalhadores, a Caixa Econômica Federal e o Banco de Brasíl­ia (BRB) já haviam diminuído a jornada no ano passado. Nessa ocasião, houve perda de salário. No Banco do Brasil, existem três situações. Parte dos trabalhadores continuará a fazer oito horas diárias, porém, eles terão até 1 de fevereiro para aderir ao novo plano de comissão, que exime o banco de pagar a sétima e oitava hora: esses extras já estariam inclusos no salário como uma gratificação pelo cargo comissionado. "Se fosse apenas a redução da carga e não do salário, seria razoável. Por isso, vamos continuar com as ações que temos contra o banco. Uma delas nós já vencemos", explicou Eduardo Araújo, diretor do Sindicato dos Bancários no DF.

Em nota, o banco informou que não é possível divulgar ainda o impacto no balanço, porque está em perí­odo de silêncio, imposto pela proximidade da divulgação de resultados. Porém, informou que em contraponto a redução de salário, em função do menor número de horas, houve elevação do valor da hora de trabalho. "No Plano anunciado, há aumento de 12% no valor da hora de trabalho, para quem optar pela jornada de seis horas. Ou seja, não haverá desvalorização do salário, mas redução do número de horas trabalhadas a serem pagas. O Plano não se balizou por um viés de redução contingencial de custos", informou.

Migração


Uma segunda situação é para os trabalhadores que terão de migrar para carreiras de seis horas. Na prática, o contrato dos bancários já é com essa jornada, mas, em função das comissões, os trabalhadores fazem duas hora a mais por dia. Os funcionários nessa situação não têm prazo para aderir às seis horas, mas, caso não aceitem a mudança, ficarão em "cargos em extinção" e, em alguns casos, correm o risco de perder gratificações e promoções. Para o setor de tecnologia do banco, a migração de contratos deve se encerrar no início de março. Uma parte da equipe terá jornada de seis horas e outra, de oito. "Essa é uma bandeira histórica do sindicato, de reduzir a jornada de oito horas para seis horas. O problema é que essas mudanças no BB têm ocorrido de maneira unilateral, sem diálogo com o sindicato", queixou-se Araújo.

O novo plano de cargos extinguiu 27 funções técnicas lotadas em Unidades Estratégicas e migrou esses trabalhadores para um posto classificado como Funções de Confiança, com jornada de trabalho de oito horas. Também foi encerrado o cargo de assessor júnior de Unidade Especial.

Economia


Os gastos do BB com pessoal, no terceiro trimestre de 2012, foi de R$ 4 bilhões. Com as mudanças, o banco deve apresentar economia significativa já no balanço do primeiro trimestre. Apesar da redução de horas, não haverá a contratação de novos funcionários. "O plano prevê prestação de horas extras durante o perí­odo de transição, para minimizar impactos operacionais, além de outras medidas que visam à melhoria na eficiência operacional, como a automação de processos.

 

Postado pela Assessoria de Imprensa: 31/01/2013
Fonte: Correio Braziliense

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